Tratamentos

Principais tratamentos para a Reprodução Humana.
Relação Sexual Programada [+]

Relação Sexual Programada é o tratamento mais adequado para casais inférteis com presença de tubas uterinas e análise seminal com diagnósticos normais. Esse método é realizado em casais, em que a mulher tem dificuldades na etapa da ovulação.

 

Esse procedimento inclui três etapas:

A primeira consiste na indução da ovulação, realizada por meio de medicações e controlado por exames de ultrassom. Neste estágio há o crescimento dos folículos dos ovários, contendo um óvulo cada um. Ao atingir um tamanho adequado, é injetada outra medicação, causando a ovulação, considerada a segunda etapa do tratamento. O último procedimento é a relação sexual programada. Após 15 dias é realizado o teste de gravidez para constatar se ocorreu a fertilização.

Inseminação Intra-Uterina Artificial [+]

A inseminação intra-uterina é um procedimento de reprodução assistida, indicado para casais em que o homem apresenta alteração dos espermatozóides  de leve à moderada. Pode ser indicada para mulher com endometriose leve e para casos em que não há indícios aparentes de infertilidade.

 

O tratamento, controlado por exames de ultrassom, é iniciado pela indução da ovulação, realizado  com o uso de medicações próprias. Através de exames de ultrassom é feito o controle do crescimento dos folículos dos ovários. Quando este atinge o tamanho ideal, ocorre a última aplicação de medicamento que provoca a ovulação.  A partir desse momento o útero da mulher está preparado para receber o sêmen, que será depositado no interior da cavidade uterina, por meio de um cateter apropriado.

 

O processamento seminal separa os espermatozóides imóveis e células imaturas a fim de selecionar aqueles que possuem maior qualidade e capacidade de fecundação O teste de gravidez deve ser realizado 15 dias após o procedimento.

Fertilização In Vitro / ICSI [+]

As principais ocorrências para que seja indicada a fertilização in vitro (FIV) são: endometriose, alterações tubárias, baixa qualidade dos óvulos e moderadas alteração dos espermatozóides.

 

De alta tecnologia, este tratamento de reprodução humana consiste na realização de quatro etapas: indução da ovulação, captação dos óvulos e coleta dos espermatozóides, fertilização laboratorial e transferência de embriões para o útero.

 

A indução da ovulação é realizada através de medicações, que estimulam os ovários a produzir um número maior de óvulos. Durante este período, o crescimento dos folículos dos ovários é controlado por exames de ultra-som. Quando os mesmos atingem um tamanho adequado, aplica-se uma última medicação, que deflagra o amadurecimento dos óvulos, e se agenda a captação dos óvulos.

Os óvulos captados em laboratório e fertilizados pelos espermatozóides, gerando os embriões.

 

A maioria dos casos a fertilização atualmente é feita através da injeção do espermatozóide diretamente dentro do óvulo (injeção intracitoplasmática de espermatozóide – ICSI). Os embriões se desenvolvem no laboratório por 3 a 5 dias. Após este período, eles são transferidos para dentro do útero da mulher. Este procedimento é realizado com um cateter delicado e guiado por ultra-som.  O teste de gravidez deve ser realizado após nove a 11 dias.

Transferência de embrião congelado [+]

Uma das técnicas da reprodução humana assistida é o congelamento de gametas e embriões, conhecido como vitrificação. O procedimento congela os embriões mantendo-os em boa qualidade, aumentando, assim, as chances de sobrevivência e manutenção da qualidade dos embriões após descongelamento.

O método é uma estratégia segura e eficaz, para:

- Mulheres que liberam nível elevado do hormônio estradiol na fase final de estimulação ovariana. A disfunção pode causar a Síndrome de Hiperestimulação Ovariana, ocorrendo o risco de perpetuar e impedir a gravidez neste mesmo ciclo.

-  Indices do nível de progesterona acima de 1,5 ng/mL no final da estimulação ovariana, podendo representar luteinização precoce, com queda da taxa de implantação do embrião no endométrio.

- Constatação de distúrbios endometriais, como pólipos e miomas;

- Necessidade de estudo do endométrio após a FIV, como ERA 

- Antecipação da transferência embrionária a fim de realizar agressão endometrial, procedimento que pode ocasionar aumento a taxa de implantação;

- Embriões excedentes após procedimento com transferência a fresco.

 

Como funciona a transferência de embrião congelado?

A transferência é realizada em três etapas:
 

Na primeira etapa é realizado um preparo endometrial feito com hormônios (estradiol e progesterona) realizado no início do período menstrual. O procedimento tem como finalidade modificar a grossura do endométrio levando-o ao padrão trilaminar, apresentando de 7 a 8 mm de espessura. Para, então, incluir a progesterona (Utrogestan®, Evocanil®, Crinone®), hormônio que indicara a data de transferência.

 

Em segunda instância ocorre o descongelamento do embrião, momento em que o médico avalia se o embrião está em boa qualidade para ser transferido. O descongelado ocorre no período da manhã do dia em que será realizado o procedimento.

 

Por fim acontece a transferência embrionária, momento em que a paciente recebe o embrião. Em posição ginecológica, o embrião é carregado pela embriologista dentro do cateter e depositado dentro da cavidade uterina. O ideal é que a mulher esteja com a bexiga urinária levemente cheia, para facilitar a introdução do cateter pelo colo do útero. Após o procedimento a paciente permanece na mesma posição por dez minutos e em repouso nos dois dias seguintes a transferência. O teste de gravidez deve ser realizado após 9 a 11 dias. 

Doação de óvulos [+]

A doação de óvulos, conhecida também como ovoduação, é um tratamento da reprodução humana que ajuda casais a terem filhos. O método é semelhante com o da fertilização in vitro tradicional e é uma opção para mulheres que não possuem óvulos em quantidade e qualidade adequadas.
A  mulher recebe óvulos de uma doadora, que são unidos aos espermatozoides do casal receptor para obter embriões; estes serão transferidos para a receptora para que se concretize a gravidez tão desejada. 

 

O procedimento inclui a doadora, uma mulher jovem com uma boa reserva ovariana, que doa todos ou parte dos óvulos à receptora, uma mulher que não consegue fertilizar com óvulos próprios. No Brasil, a doação compartilhada – parte dos óvulos é doado – é a mais comum.

 

Como funciona?

O procedimento inclui cinco etapas:

- Estimulação dos ovários da doadora.
- Captação dos óvulos por via vaginal.
- Doação dos óvulos, ou parte deles, para outro casal ou mulher.
- Fertilização dos óvulos doados com os espermatozóides do casal receptor.
- Transferência dos embriões formados para o útero da mulher receptora.


A Doação de óvulos é permitida por lei?

Sim, porém há algumas restrições. No Brasil, a Resolução do Conselho Federal de Medicina publicada em abril de 2013 permite a Doação Compartilhada e determina as seguintes regras:

-Não é permitido caráter lucrativo ou comercial nas doações.

- A doação deve ser anônima, não sendo permitido nenhum tipo de ligações entre os doadores e os receptores.

- A receptora deve ter 50 anos ou mais e a doadora até 35 anos.

- A triagem da doadora fica sob cuidado da clínica, especialista neste tipo de procedimento.

 

Como é selecionada a doadora?

A doadora deve ter boa quantidade e alta qualidade de óvulos disponíveis e ter a consciência do procedimento de doação. Fora isso, a mulher é avaliada por um médico para a checagem do histórico médico, dos exames de sangue e de imagem.

 

No Brasil, por conta da falta de informação e compreensão das etapas do procedimento, o estoque de óvulos para doação é baixo. Há mulher, no entanto, que, por mais que tenham bons óvulos, optam pela adoção de uma criança por motivos religiosos ou financeiros, como exemplos. Nestes casos, essas mulheres poderiam ser doadoras de seus óvulos.

 



 

Doação de espermatozóides [+]

A doação de espermatozóides é apropriada para homens com falta ou algum tipo de distúrbio na qualidade dos gametas. O processo de doação é feita a partir de um banco de sêmen. O homem é examinado durante seis meses e passa por uma série de investigação e exames. É importante ter conhecimento sobre doenças genéticas graves e o histórico pessoal e familiar. Além disso, são realizados exames clínicos, laboratoriais, como hepatites, HIV, HTLV e sífilis e avaliação adequada da fertilidade.

 

Se aprovado, o sêmen desse doador é armazenado em nitrogênio líquido no laboratório. As informações sobre as características físicas do doador são colocadas à disposição do paciente (receptor)

Doação de embrião [+]

A doação de embriões é procedente de um tratamento com fertilização in vitro. Os embriões com boa qualidade excedentes do procedimento são criopreservados – armazenados em baixa temperatura – e destinados à doação.

 

Essa doação é indicada para mulheres que almejam gestação independente ou para casais com características de infertilidade ligadas à qualidade ou quantidade de gametas (óvulos e espermatozóides). O anonimato também é obrigatória para esse tratamento, nem mesmo realizar contratos financeiros entre o doador e o receptor.

 

Como funciona?

Feita a avaliação médica, o útero da mulher é preparado para simular o ambiente hormonal e fisiológico ideal para o desenvolvimento saudável do embrião. No início do período menstrual é realizado um ultrassom transvaginal para examinar as condições atuais do útero e dos ovários. Se apontarem aspectos adequadas, inicia-se o preparo endometrial com estradiol – medicamento ingerido via oral ou por transdérmica (adesivos, gel) – durante 7 dias. Após esse tempo é feito outro novo ultrassom para medir a espessura do endométrio, que deve variar neste momento de 7 a 8 mm. Ao atingir a medida ideal é aplicada a progesterona por via vaginal. Depois de três a cinco dias é agendada a transferência do embrião. Para confirmação de gravidez, o casal deve realizar o teste após 9 a 11 dias da transferência.

 

Quais são as chances de sucesso?

A taxa de gravidez varia de 40% a 60%. No entanto é preciso que o útero e endométrio da receptora estejam em boas condições, bem como a qualidade do embrião antes e depois de ser descongelado.

Útero de Substituição [+]

O útero de substituição trata-se de um procedimento feito com mulheres que não tem condições adequadas para gravidez. A “barriga de aluguel”, como é conhecida popularmente, é um método realizado quando há a ausência de útero ou pela existência de doenças graves que impedem a gravidez. Entretanto, isso não exclui a possibilidade de a paciente ter boa qualidade de óvulos.

 

Nesses casos, o casal passa pelo procedimento das técnicas de fertilização in vitro (FIV) e o embrião formado é transferido para o útero de outra mulher. A receptora tem o papel apenas de segurar e armazenar o bebê por nove meses e dar luz à criança. Após o nascimento, o bebê é devolvido aos pais.

 

No Brasil, a adoção é permitida com a denominação “doação temporária do útero, útero ou gestação de substituição”, no entanto é proibido acordo comercial para esse tipo de procedimento.

 

Quais são as principais indicações?

 - Ausência de útero: mulheres submetidas à retirada do órgão (histerectomia);

 - Defeitos congênitos como malformações uterinas ou alterações que impeçam a gravidez;

 - Doenças maternas com alto risco de morte durante a gestação, como doenças cardíacas, pulmonares ou renais graves;

 - Mulheres que já tentaram a transferência de embriões mas não ocorreu a gestação;

 

Quais são as etapas do tratamento?

Semelhante à fertilização in vitro tradicional, o tratamento inclui a utilização de medicamentos, que estimulam os ovários da mãe para a captação dos óvulos. Após, ocorre a fertilização com os espermatozóides do parceiro. Os embriões formados são transferidos no útero de substituição (da mulher doadora), já preparado com hormônios para receber o embrião.

 

Antes de ser realizada cada etapa do tratamento, vale lembrar que, o casal e a mulher doadora do útero passam por uma consulta, em que devem realizar exames de sorologias e tipagem sanguínea.

 

O que diz a Legislação?

O Conselho Federal de Medicina  estabelece, em resolução (2.013/2013), que a doadora temporária deva ter um parentesco de no máximo até quarto grau – podendo ser, mãe, filha, irmã, avó, neta, tia e prima da doadora genética (mãe biológica).  A proximidade no tratamento com útero de substituição é uma alternativa para evitar problemas futuros.
 

Casos que descumprem essas regras devem ser levados ao Conselho Regional de Medicina. Lembrando que, doação temporária do útero pode ter caráter lucrativo ou comercial.

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