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Nova Técnica de Fertilidade é Eficaz para Mulheres Acima de 35 anos
Técnica pode ser utilizada para congelar óvulos excedentes em ciclos
A maioria das mulheres está deixando para ser mãe acima de 35 anos, idade considerada pela medicina um fator de risco para a maternidade. Elas estão buscando cada vez mais, melhores oportunidades de emprego e estabilidade financeira para depois pensar em ter filhos. Mas o que acontece é que as mulheres que desejam a maternidade estão cada vez mais preocupadas com a diminuição progressiva da fertilidade, à medida que a idade avança.
A tecnologia tem avançado e proporcionado as mulheres técnicas e métodos eficazes para o sonho de ser mãe, mas elas precisam realizar este sonho com segurança e com profissionais competentes.
Outro fator que tem preocupado as mulheres com o medo de interromper o sonho da maternidade é o câncer que a cada ano tem afetado um número grande de mulheres em fase de reprodução.
A técnica chamada de criopreservação de oócitos (óvulos) percorreu um longo caminho até se tornar uma alternativa eficaz para o tratamento e a preservação de gametas femininos. Atualmente, a criopreservação de óvulos é uma alternativa viável para a preservação do potencial de fertilidade da mulher. E, pode ser indicado em casos específicos. A informação é do médico ginecologista/obstetra professor doutor Ivan Humberto Sanches, especialista em reprodução humana.
Conforme informações de Sanches, mulheres em idade reprodutiva necessitam de atendimento e orientação. Devido o aumento e detecção de caos de patologias malignas e as constantes evoluções de tratamentos oncológicos.
“A maioria destes tratamentos utiliza, em separados ou associados, a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia. Durante e após estes procedimentos a fertilidade feminina pode ficar comprometida, resultando em quadros transitórios ou permanentes de infertilidade. Nestes casos, a preocupação deve ser primariamente com a saúde da paciente e depois com a preservação da sua fertilidade”, informa o especialista.
A técnica pode ser utilizada para congelar óvulos excedentes em ciclos de ‘fertilização in vitro’, quando o casal quer fertilizar poucos óvulos para evitar a ‘criopreservação de embriões’ e para preservar gametas femininos.
De acordo com o especialista, o médico assistente deve avaliar a paciente, no momento propício, a possibilidade dela se tornar infértil após o tratamento oncológico.
“O procedimento adequado deve ser o encaminhamento a um especialista em reprodução humana, antes de instituir o tratamento apropriado. A criopreservação de oócitos é uma das possibilidades mais empregadas para preservar o potencial atual de fertilidade destas mulheres”, esclarece doutor Ivan Sanches.
IDADE AVANÇADA
Além das pacientes com câncer, as mulheres que desejam a maternidade estão cada vez mais preocupadas com a diminuição progressiva de sua fertilidade à medida que a idade avança.
“Esta é uma realidade cada vez mais comum. A cada dia as mulheres casam e tem filhos mais tarde. Já não é novidade que, cada vez mais, as mulheres buscam o seu espaço profissional, prioriza e investe na sua carreira adiando a concretização de sua vida afetiva e o planejamento de ter filhos”, afirma o médico.
Ainda de acordo com o especialista em reprodução humana, a maioria das mulheres, tem consciência que após os 35 anos a sua capacidade reprodutiva diminui e por isso, muitas se afligem frente à realidade.
CONGELAMENTO DE ÓVULOS
Para as mulheres acima de 35 anos, uma alternativa é o congelamento de óvulos que pode minimizar certa angustia, pois, nem sempre o parceiro ideal para ser o pai de seus filhos surge no momento que desejam.
Por isso, o especialista ressalta que é importante procurar um especialista que ofereça orientações necessárias sobre adiamento da maternidade; sobre a pré-quimioterapia; sobre a pré- radioterapia; sobre a pré-cirurgia ginecológica. O paciente também precisa tomar conhecimentos dos procedimentos corretos de uma avaliação médica: realização de exames sorológicos, estimulação da ovulação, aspiração folicular e captura de oócitos, criopreservação dos oócitos e manutenção de oócitoscriopreservados.
Em anos anteriores era utilizado o chamado congelamento lento, no qual a temperatura era reduzida de forma gradativa. O objetivo desta técnica era evitar algum dano celular importante.
As principais dificuldades apresentadas nesta técnica eram a formação de cristais de gelo no interior de rotura da membrana celular e de desarranjo da estrutura cromossômica.
COMO FUNCIONA
Para criopreservar oócitos ou óvulos é necessário realizar as etapas de estimulação ovariana com medicamentos e de aspiração dos folículos ovarianos por via vaginal, sob anestesia, utilizando uma agulha acoplada à sonda de ultrassom, assim como é feito no tratamento de fertilização in vitro.
SEGURANÇA
Os novos protocolos, utilizando a técnica chamada vitrificação, permitem a criopreservação dos óvulos humanos de forma segura e com resultados de sobrevida de mais de 95%, evitando danos celulares que ocorrem com frequência no congelamento lento.
“Estudos acompanhando crianças que foram geradas a partir de oócitos vitrificados não mostraram qualquer aumento de anomalias congênitas”, frisa o especialista.
APOIO PSICOLÓGICO
A evolução do conhecimento na área da reprodução assistida tem permitido que cada vez mais as pessoas possam contar com os progressos como alternativa para minimizar conflitos decorrentes da infertilidade ou do adiamento da gestação por múltiplos fatores, inclusive sociais.
“É importante ressaltar que mulheres que sonham em construir uma família e que ainda não encontraram um parceiro ou têm outros projetos como prioritários na idade em que estão férteis, optam pelo congelamento de seus óvulos para terem um filho no futuro”, explica.
CRIOPRESERVAÇÃO
É de fundamental importância o esclarecimento e conhecimento para a paciente sobre as possibilidades do procedimento da criopreservação de óvulos para o futuro. A técnica propicia a mulher a adiar a gravidez e realizar o sonho de ser mãe no momento que melhor achar propício. No entanto, tem que focar em questões ligadas aos desejos, anseios e dúvidas, para que a mulher esteja ciente de suas escolhas e das chances que o tratamento apresenta para o futuro.
Fonte: O REGIONAL
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